Dia Nacional da Visibilidade Lésbica: O que precisamos saber sobre o L de LGBT+

O dia do orgulho LGBTQI+ já é uma data bastante conhecida e celebrada, mas talvez você não saiba que existe uma outra data muito importante para o movimento. É o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, comemorado em 29 de agosto.
Saiba como essa data foi criada e por que a informação sobre esse público é necessária.
Duas datas e uma só luta
Na verdade, há duas datas muito importantes para a comunidade lésbica do Brasil, em agosto.
No Brasil, em 1983, no dia 19 de agosto, uma série de protestos foi desencadeada a partir de uma proibição policial da distribuição dos boletins do Grupo Ação Lésbica Feminista no Ferro’s Bar, bar paulistano frequentado pela comunidade LGBT+, num ato similar à Revolta de Stonewall que aconteceu nos Estados Unidos. Estes protestos deram origem ao Dia do Orgulho Lésbico.
Treze anos depois, no dia 29 de agosto de 1996, aconteceu o 1º Seminário Nacional das Lésbicas (SENALE), no Rio de Janeiro, destacando a importância do combate à lesbofobia. A partir de então, essa data foi estabelecida como sendo o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica.
Casamento entre mulheres é o que mais cresce no Brasil
Segundo as Estatísticas de Registro Civil divulgadas pelo IBGE, em 2018, houve a união formal de 9.520 casais homoafetivos, o que representa um aumento de 61,7% em comparação com 2017.
O casamento entre mulheres foi o que mais contribuiu para o aumento das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. Enquanto os casamentos entre casais compostos por homens cresceram 58,3% em 2018, entre mulheres o aumento foi de 64,2%.
Conforme o último censo do IBGE (2010), existem 60 mil casais homoafetivos no Brasil, entre os quais 53% são formados por mulheres.
Lésbicas correspondem a 10% das mortes por homofobia
Embora a união homoafetiva tenha sido reconhecida por Lei e, em tese, as pessoas possam se amar livremente, não podemos esquecer o lado triste da história, que ainda é repleto de preconceito e violência.
É o que pode ser visto no relatório Mortes Violentas da População LGBTQI+ no Brasil, elaborado pelo Grupo Gay da Bahia.
Esse relatório é anual e registra as mortes motivadas pela discriminação da população LGBTQI+ . Em 2019, foram 329 mortes, sendo que:
Os homens gays ainda são o grupo mais afetado, com 174 casos (52,9%).
Os travestis vem em segundo lugar, com 89 ocorrências (27,05%),
As lésbicas aparecem em terceiro, com 32 casos (9,73%)
Os transexuais correspondem a 29 casos (8,81%)
Os bissexuais contabilizam 5 casos (1,52%)
Todos esses dados demonstram que, infelizmente, a população LGBTQI+ está bem longe do ideal de paz, ou seja, a luta por um mundo com mais liberdade e igualdade é contínua.
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