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10 de outubro | Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher


Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher: Uma Data para Refletir e Agir


O dia 10 de outubro é uma data crucial na luta contra a violência de gênero no Brasil: o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, um momento para refletir sobre os avanços, os desafios e a importância de continuar construindo um futuro seguro e igualitário para todas as mulheres.


Apesar dos avanços legais e sociais, a violência de gênero continua sendo uma grave violação dos direitos humanos e um obstáculo à igualdade de gênero. As principais formas de violência contra a mulher incluem:


Violência física: agressões, lesões corporais.

Violência psicológica: ameaças, humilhações, controle, perseguição.

Violência sexual: assédio sexual, exploração sexual, tráfico de mulheres.

Violência patrimonial: dano ao patrimônio da mulher.

Violência moral: calúnias, difamações.

Feminicídio: assassinato de mulheres em razão de seu gênero.


Interseccionalidade - Mulheres negras, trans, com Deficiência 


A interseccionalidade da identidade de gênero, raça e classe social torna as mulheres com esses marcadores mais vulneráveis à violência. A violência contra a mulher é um problema social complexo e com graves consequências para as vítimas. Uma delas é a aquisição de deficiências físicas, sensoriais ou psicológicas. Infelizmente, esse tipo de caso é subnotificado e muitas mulheres acabam vivendo com as marcas da violência de forma silenciosa e invisibilizada.


As agressões físicas, muitas vezes intensas e repetidas, podem causar lesões graves e irreversíveis, levando à perda de funções motoras, visuais, auditivas e até mesmo à morte. Além das lesões físicas, a violência psicológica e sexual também pode ter consequências duradouras para a saúde mental das mulheres, resultando em transtornos de ansiedade, depressão e outras condições que podem limitar significativamente sua qualidade de vida.


A violência contra mulheres trans é um dos maiores desafios de nossa sociedade. Essa população, que já enfrenta diversas formas de discriminação e preconceito, é alvo de agressões físicas, psicológicas e sociais com uma frequência alarmante.


Por que as mulheres trans com deficiência são mais vulneráveis?


Interseccionalidade da opressão: A combinação da transfobia, racismo, capacitismo e outras formas de discriminação aumenta a vulnerabilidade dessas mulheres, tornando-as alvos fáceis de violência.

Acesso limitado a serviços: A falta de serviços especializados e acessíveis para pessoas com deficiência e para pessoas trans dificulta a prevenção, o tratamento e a reabilitação.

Visibilidade: Muitas vezes, as mulheres trans com deficiência são duplamente invisibilizadas, o que dificulta a denúncia e o acesso à justiça.



É fundamental entender que a violência contra a mulher não é um problema individual, mas sim uma questão estrutural que se alimenta de desigualdades de gênero, padrões culturais machistas e relações de poder desiguais que, combinados com outros preconceitos e brutalidades, trazem consequências graves. 


A mudança precisa acontecer em todos os níveis da sociedade: nas famílias, nas escolas, nos locais de trabalho, nos meios de comunicação e nas instituições públicas.


O Estado tem um papel fundamental na prevenção e combate à violência contra a mulher. É preciso investir em políticas públicas que promovam a igualdade de gênero, como a Lei Maria da Penha, e garantir a implementação de ações efetivas para proteger as mulheres e punir os agressores. A articulação entre os diferentes setores do governo, sociedade civil e iniciativa privada é fundamental para enfrentar o problema de forma integrada.


É preciso desconstruir a cultura machista que naturaliza a violência contra a mulher. Isso envolve questionar os papéis de gênero, desafiar os estereótipos e promover a igualdade em todas as esferas da vida.


Combater a violência contra a mulher é um desafio que exige a participação de todos. Cada um de nós pode contribuir para construir uma sociedade mais justa e igualitária, denunciando a violência, apoiando as vítimas, promovendo a equidade e igualdade de gênero.



SOMENTE JUNTOS


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