Dia internacional da Igualdade feminina
Por Raquel Paoliello
Que todas as mulheres merecem ser tratadas igualmente e acima de tudo com respeito, já sabemos. Ou será que ainda temos muito para aprender?
Sim, temos muito o que aprender para que as mulheres tenham seus direitos conquistados respeitados como deve ser. É por isso que temos datas definidas para conhecer e entender como devemos alertar a sociedade.
A celebração da data surgiu, primeiramente, nos Estados Unidos, há exatos 100 anos, em 26 de agosto de 1920. Neste dia foi aprovada a 19ª emenda da constituição americana, a qual dava às mulheres o direito ao voto. No Brasil, em 1922, foi criada a Federação Pelo Progresso Feminino (FBPF), que lutava pelos direitos das mulheres. A instituição foi criada pela bióloga, deputada e feminista brasileira, Bertha Lutz. Entre as reivindicações do grupo estavam direitos políticos e civis.
A primeira brasileira a votar foi a professora Celina Guimarães Viana, que conseguiu seu registro para votar no município de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O Estado foi pioneiro na inclusão do voto feminino, em 1927.
O primeiro país a reconhecer o direito das mulheres de votar foi a Nova Zelândia, em 1893. Entre 1914 e 1939, as mulheres adquiriram o direito ao voto em mais 28 países, entre eles os EUA em 1920.
Conquista é resultado da luta de décadas
Foi em Nova York que dois episódios importantes para a conquista dos direitos das mulheres aconteceram: as greves de 1857 e 1911. A primeira aconteceu em 8 de março e está ligada à luta das operárias têxteis, que paralisaram suas atividades durante uma semana e foram duramente reprimidas pela polícia. Em 1911, uma nova greve em 25 de março terminou com a morte de 146 pessoas (mais de 100 mulheres) em um incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist Company. Tais acontecimentos acima ajudaram a instituir o março como mês da mulher e o dia 8 como o Dia Internacional da Mulher.
A história nos coloca diversos exemplos das lutas que as mulheres enfrentaram e ainda enfrentam para ter seus direitos garantidos, como um emprego com condições adequadas de trabalho e salário justo, possibilidade de educar os filhos com dignidade e segurança, entre outros importantes aspectos da vida das mulheres em um país em desenvolvimento como o Brasil.
E quando discutimos e mostramos dados e informações, o assunto fica evidente para que providências possam ser tomadas em ações públicas. A equidade de gênero ainda é uma realidade distante, pois mesmo sendo mais da metade da população, as mulheres continuam sub-representadas em espaços de poder, seja público ou privado.
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